quarta-feira, julho 18, 2018

Jack Reacher: Sem retorno, de Edward Zwick **


O diretor norte-americano Edward Zwick está bem longe de ser alguém de forte traço autoral em seus filmes ou dado a grandes arroubos de originalidade. Está mais para aquela ala de “tarefeiros” de Hollywood que pegam sem pestanejar os projetos sem pestanejar muito os projetos que os grandes estúdios lhes mandam. Nessa linhagem, entretanto, pode ser considerado um cineasta competente com algumas obras memoráveis no currículo, principalmente no gênero ação, como “O último samurai” (2003) e “Diamante de sangue” (2006). Diante desse cenário, “Jack Reacher: Sem retorno” (2016) acaba sendo uma considerável decepção, pois consegue ser ainda mais genérico e sem graça que o primeiro longa da franquia, “Jack Reacher: O último tiro” (2012). Zwick conduz a narrativa de maneira mecânica e asséptica, adjetivos que também poderiam se aplicar com exatidão para a atuação de Tom Cruise no papel-título. E o pior é que nem dá dizer que o filme está em sintonia com o que vem sendo feito no gênero nos últimos anos, pois a franquia “John Wick”, por exemplo, vem comprovando que ainda pode haver muita criatividade nas produções de ação e aventura.

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