Se fôssemos fazer uma lista dos 10 melhores filmes brasileiros de todos os tempos, é quase certo que um dos escolhidos seria “Pixote”, de Hector Babenco. Nessa obra de 1981, Babenco dirigiu com maestria uma obra de forte conteúdo social, de expressivas tintas documentais, sem abrir mão de uma dinâmica cinematográfica notável que remetia até ao gênero policial. O documentário “Pixote In Memorian” pretende fazer uma revisão sobre o filme, abordando dois aspectos: os detalhes de sua realização e a vida do ator Fernando Ramos da Silva que interpretou o personagem-título.
A primeira parte do documentário é até bem sucedida. As entrevistas atuais com Babenco, atores e demais profissionais envolvidos na produção de “Pixote” (além de alguns admiradores ilustres como Caetano Veloso e Nick Cave) se entrelaçam com eficiência com imagens da época, oferecendo um panorama revelador não só da obra em questão como da própria dificuldade de fazer cinema no Brasil. Os depoimentos obtidos para o documentário impressionam não só pela emoção de alguns momentos como pelo bom humor de algumas declarações e “causos” contados.
É de se lamentar, entretanto, que essa inspiração da metade inicial de “Pixote In Memorian” não tenha se mantido na segunda parte do documentário. É claro que a história trágica de Fernando Ramos da Silva ainda é capaz sensibilizar, mas a forma com que a mesma é mostrada aborrece pelo tom meramente informativo e superficial com que é realizada.
Mesmo com essa irregularidade, “Pixote In Memorian” é um filme interessante no sentido de explorar um ramo pouco trabalhado dentro da produção documental no país que é contar a história do cinema brasileiro. Seria muito bom que aparecessem outras obras dispostas a dissecar alguns clássicos da cinematografia nacional.
A primeira parte do documentário é até bem sucedida. As entrevistas atuais com Babenco, atores e demais profissionais envolvidos na produção de “Pixote” (além de alguns admiradores ilustres como Caetano Veloso e Nick Cave) se entrelaçam com eficiência com imagens da época, oferecendo um panorama revelador não só da obra em questão como da própria dificuldade de fazer cinema no Brasil. Os depoimentos obtidos para o documentário impressionam não só pela emoção de alguns momentos como pelo bom humor de algumas declarações e “causos” contados.
É de se lamentar, entretanto, que essa inspiração da metade inicial de “Pixote In Memorian” não tenha se mantido na segunda parte do documentário. É claro que a história trágica de Fernando Ramos da Silva ainda é capaz sensibilizar, mas a forma com que a mesma é mostrada aborrece pelo tom meramente informativo e superficial com que é realizada.
Mesmo com essa irregularidade, “Pixote In Memorian” é um filme interessante no sentido de explorar um ramo pouco trabalhado dentro da produção documental no país que é contar a história do cinema brasileiro. Seria muito bom que aparecessem outras obras dispostas a dissecar alguns clássicos da cinematografia nacional.
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