terça-feira, maio 22, 2007

Van Helsing, de Stephen Sommers *


Se fôssemos colocar no papel, “Van Helsing” seria um filme altamente promissor. Afinal, junta o personagem título (um dos mais carismáticos da história do horror no cinema e na literatura) a uma trama que reúne algumas das principais figuras do universo fantástico (Drácula, Frankenstein e lobisomens), além de contar com a produção de um estúdio de primeira linha. O resultado, entretanto, fica muito aquém das expectativas. Pensado como uma combinação de terror e aventura, “Van Helsing” não assusta quando deveria ser apavorante e não empolga com as suas seqüências de ação. A verdade é que Stephen Sommers foi uma escolha equivocada para o filme. Ele é um cineasta que carece de estilo e brilhantismo, sendo que temos a permanente sensação ao assistir “Van Helsing” que ele nunca viu um filme de horror na vida. Isso fica mais evidente quando assistimos outras produções recentes do gênero terror como “Terror em Silent Hill”, de Christopher Gans, e “Viagem Maldita”, de Alexandre Aja, obras que combinam com habilidade várias referências e clichês do horror e trazem simultaneamente uma visão particular e original dos seus respectivos diretores.

No mais, Hugh Jackman no papel de Van Helsing parece ter esquecido que não está mais encarnando Wolverine, fazendo-nos ficar com saudade das memoráveis caracterizações de Peter Cushing e Anthony Hopkins para o mesmo personagem.

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