A estrutura formal de “Pater” (2011) sugere um aparente desleixo. A encenação de um drama político parece ter um ar casual, quase improvisado. O diretor Alain Cavalier, que também interpreta um dos papéis principais da obra, faz questão de expor o mecanismo criativo da obra, filmando as suas conversas com o ator Vincent Lindon (que vive o protagonista da fita) e ensaios. O efeito geral causa no início uma certa surpresa, mas o desenrola da produção mais induz ao aborrecimento do que a um possível deslumbramento. O hermetismo lúdico de “Pater” até faz pensar que os envolvidos na produção podem ter se divertido pra caramba fazendo o filme, mas é provável que o espectador não compartilhe do mesmo sentimento...
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