terça-feira, janeiro 12, 2016

O bom dinossauro, de Peter Sohn ***

Diante das expectativas que sempre existem ao redor dos lançamentos da Pixar, “O bom dinossauro” (2015) pode até parecer frustrante. Além da narrativa convencional, o roteiro é uma espécie de amalgama de algumas animações clássicas – situações e dilemas da trama fazem pensar numa junção das premissas de “O rei leão” (1994) e “Procurando Nemo” (2003). Ainda que não esteja naquele patamar artístico de produções antológicas como “Os incríveis” (2004) e “Wall-E” (2008), o filme em questão acaba surpreendendo justamente pela habilidade do diretor Peter Sohn em se valer dos clichês narrativos, ou seja, todo mundo sabe o que está por vir, mas mesmo assim consegue se envolver pela tensão dramática da narrativa e pelo carisma dos personagens. Sem apelar para referências pop metidas a esperta ou psicologismos de araque, “O bom dinossauro” cativa pelo tom emotivo de sua história e pelo ritmo de sua narrativa. Há também o capricho visual característico de uma produção da Pixar, em que estilização e realismo se entrelaçam com naturalidade e um grafismo impressionante. Num contexto geral, é bem mais efetivo do que o superestimado “Divertida mente” (2015).

Um comentário:

Marcelo Castro Moraes disse...

Um filme convencional da Pixar, mas não dispensável