quarta-feira, julho 13, 2016

Procurando Dory, de Andrew Stanton e Angus MacLane ***

Em se tratando de animações originárias do estúdio Pixar, sempre dá para esperar um padrão de qualidade diferenciado – um grafismo requintado na combinação de realismo e estilização, narrativas que permitem o entrecruzamento fluente entre toques cômicos e leve dramaticidade (por vezes, até beirando o efetivamente sombrio), roteiros bem delineados e com personagens de caracterização carismática. Em “Procurando Dory” (2016), estão presentes todos esses preceitos, resultando numa obra divertida e envolvente (ainda que boa parte do terço final soe um tanto histérico e desnecessário). É evidente também, entretanto, que o filme não vai muito além disso, soando como uma variação competente e sem maiores ousadias de “Procurando Nemo” (2003), podendo soar frustrante para quem esperava algo mais transcendente na linha dos extraordinários “Os incríveis” (2004) e “Wall-E” (2008). Parece que depois do fiasco comercial que foi o brilhante e alucinado “John Carter: Entre dois mundos” (2012) o diretor Andrew Stanton preferiu apostar numa fórmula artística segura. Ou seja, no cômputo geral, “Procurando Dory” é diversão garantida, mas dessa vez quem leva a melhor como animação mais impactante da temporada é a Disney com “Zootopia”.

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