Godspell, de David Greene e John Michael Tebelak****
A história do cinema é repleta de adaptações para as telas da trajetória de Jesus Cristo. Poucas, entretanto, conseguiram realmente se destacar. Isso ocorreu geralmente pelo fato da maioria delas caírem para uma visão mais conservadora e convencional e também por não apresentarem maiores ousadias formais. As brilhantes exceções dentro desse panorama se dão justamente pela procura de uma abordagem menos óbvia da temática, ao mesmo tempo em que há uma procura em se desenvolver uma linguagem cinematográfica mais apurada. Nessa linha, vale mencionar os magníficos “O Evangelho Segundo João Mateus”, onde o provocador cineasta italiano Pasolini mostra Cristo como um revolucionário e utiliza um estilo naturalista de filmar, e “A Última Tentação de Cristo”, obra em que Scorsese destilou sua particularíssima noção de religiosidade e de concepção cinematográfica. E é claro que nessa galeria de obras singulares não poderíamos esquecer “Godspell”.
Originalmente, “Godspell” era um musical de sucesso da Broadway, em que passagens do Novo Testamento foram formatadas em coreografias e canções belíssimas, além do fato de enquadrar parte da história de Cristo em plena Nova Iorque contemporânea. O grande mérito dos diretores David Greene e John Michael Telebak foi pegar esse material de forte conteúdo teatral e conseguir transformar o mesmo em um filme que tem uma fluência impressionante. Conseguiu-se preservar com fidelidade o espírito da obra, que é o de fazer a conexão da figura de Cristo com o espírito libertário típico dos anos 60 e 70, ao mesmo tempo que se ofereceu ao musical uma dinâmica cinematográfica fantástica. Dessa forma, “Godspell” nunca resvala para o teatro filmado.
Impressiona ainda o fato do filme ter uma diversidade incrível nos números musicais, em que cada um dos mesmos tem uma variação admirável tanto nos estilo musical das canções como na própria forma em que são filmadas. Os cineastas têm o feeling certo para saber alternar seqüências de um tremendo bom humor para outras de alta carga dramática. O resultado disso é um filme de forte empatia com a platéia repleto de cenas marcantes e canções inesquecíveis, e que também consegue oferecer uma visão renovada e atemporal para um tema que geralmente cai no lugar comum.
A história do cinema é repleta de adaptações para as telas da trajetória de Jesus Cristo. Poucas, entretanto, conseguiram realmente se destacar. Isso ocorreu geralmente pelo fato da maioria delas caírem para uma visão mais conservadora e convencional e também por não apresentarem maiores ousadias formais. As brilhantes exceções dentro desse panorama se dão justamente pela procura de uma abordagem menos óbvia da temática, ao mesmo tempo em que há uma procura em se desenvolver uma linguagem cinematográfica mais apurada. Nessa linha, vale mencionar os magníficos “O Evangelho Segundo João Mateus”, onde o provocador cineasta italiano Pasolini mostra Cristo como um revolucionário e utiliza um estilo naturalista de filmar, e “A Última Tentação de Cristo”, obra em que Scorsese destilou sua particularíssima noção de religiosidade e de concepção cinematográfica. E é claro que nessa galeria de obras singulares não poderíamos esquecer “Godspell”.
Originalmente, “Godspell” era um musical de sucesso da Broadway, em que passagens do Novo Testamento foram formatadas em coreografias e canções belíssimas, além do fato de enquadrar parte da história de Cristo em plena Nova Iorque contemporânea. O grande mérito dos diretores David Greene e John Michael Telebak foi pegar esse material de forte conteúdo teatral e conseguir transformar o mesmo em um filme que tem uma fluência impressionante. Conseguiu-se preservar com fidelidade o espírito da obra, que é o de fazer a conexão da figura de Cristo com o espírito libertário típico dos anos 60 e 70, ao mesmo tempo que se ofereceu ao musical uma dinâmica cinematográfica fantástica. Dessa forma, “Godspell” nunca resvala para o teatro filmado.
Impressiona ainda o fato do filme ter uma diversidade incrível nos números musicais, em que cada um dos mesmos tem uma variação admirável tanto nos estilo musical das canções como na própria forma em que são filmadas. Os cineastas têm o feeling certo para saber alternar seqüências de um tremendo bom humor para outras de alta carga dramática. O resultado disso é um filme de forte empatia com a platéia repleto de cenas marcantes e canções inesquecíveis, e que também consegue oferecer uma visão renovada e atemporal para um tema que geralmente cai no lugar comum.
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