Os Eternos Desconhecidos, de Mario Monicelli ****
Essa produção de 1958 é um dos grandes pontos altos tanto da carreira de Mario Monicelli como do próprio cinema italiano. O que acho de mais fascinante no filme é a forma simplesmente mágica que Monicelli consegue combinar uma comédia de tom quase anedótico com tintas neo-realistas. Os principais personagens de “Os Eternos Desconhecidos” são pessoas pobres e simples, sendo que os seus problemas diários são mostrados numa forma quase crua. O genial é que apesar disso a mão do cineasta nunca pesa. A narrativa mantém sempre um tom leve e bem-humorado, mesmo que não percamos durante todo o filme a noção da realidade dura das pessoas. O próprio crime a ser praticado pelos personagens é retratado de forma tão carinhosa e patética que dificilmente conseguimos levar a sério o grau de periculosidade dos mesmos. E é claro que vale destacar as brilhantes e hilárias atuações de Vittorio Gassman, Marcello Mastroianni.
“Os Eternos Desconhecidos” é de um tempo em que o cinema italiano não confundia sentimentalismo com a manipulação emocional excessiva típica dos filmes recentes de Giuseppe Tornatore e assemelhados, além de ter ajudado a forjar uma linguagem própria da cinematografia de seu país.
Essa produção de 1958 é um dos grandes pontos altos tanto da carreira de Mario Monicelli como do próprio cinema italiano. O que acho de mais fascinante no filme é a forma simplesmente mágica que Monicelli consegue combinar uma comédia de tom quase anedótico com tintas neo-realistas. Os principais personagens de “Os Eternos Desconhecidos” são pessoas pobres e simples, sendo que os seus problemas diários são mostrados numa forma quase crua. O genial é que apesar disso a mão do cineasta nunca pesa. A narrativa mantém sempre um tom leve e bem-humorado, mesmo que não percamos durante todo o filme a noção da realidade dura das pessoas. O próprio crime a ser praticado pelos personagens é retratado de forma tão carinhosa e patética que dificilmente conseguimos levar a sério o grau de periculosidade dos mesmos. E é claro que vale destacar as brilhantes e hilárias atuações de Vittorio Gassman, Marcello Mastroianni.
“Os Eternos Desconhecidos” é de um tempo em que o cinema italiano não confundia sentimentalismo com a manipulação emocional excessiva típica dos filmes recentes de Giuseppe Tornatore e assemelhados, além de ter ajudado a forjar uma linguagem própria da cinematografia de seu país.
2 comentários:
'Só' um de meus filmes favoritos. Que elenco, que filme humano, que comédia que você se importa com as situações, que atuações. Que filme, em resumo.
E é aquilo que eu disso: tem todos esses aspectos que tu citaste e não cai no sentimentalóide tipo "Cinema Paradiso".
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