“Território Restrito” (2008) até que é um filme bem feito em alguns termos técnicos, mas ao mesmo tempo causa pouca empatia por ser derivativo e oportunista. Afinal, essas narrativas mosaicos com temática politicamente correta já foram utilizadas à exaustão em outras obras como “Babel” (2006) e “Crash” (2004). E ter como modelo filmes que nem ao menos são bons não é um promissor prenúncio... A produção tem a ambição de abarcar uma série de questões relevantes (imigração ilegal, terrorismo, corrupção, racismo, intolerância religiosa) numa mesma trama envolvendo diversos personagens que ao longo da trama se entrecruzam, mas a junção desses elementos é pouco orgânica. O cineasta Wayne Kramer parece buscar legitimidade pela importância do “conteúdo” que aborda, mas esquece de dar um estofo formal de peso para que o seu filme seja memorável.
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