Vi “O Hobbit: A batalha dos cinco exércitos” (2014) numa
projeção 3D HFR. Não costumo destacar nos meus comentários sobre filmes a
condição tecnológica na qual os assisti. Mas na produção em questão isso acaba
sendo inevitável. A tecnologia que mencionei dá uma impressão esquisita, de
como se estivéssemos vendo um filme no cinema com a textura de imagem de
televisão. Nessas condições, as trucagens digitais que grassam por praticamente
toda a metragem da obra de Peter Jackson não têm aquele realismo e naturalidade
que eram prementes tanto nos outros episódios da franquia quanto em toda a
trilogia de “O senhor dos anéis”. Por vezes, o resultado imagético aparenta muito
mais de um game do que de um filme propriamente dito. Ou seja, aquilo que vinha
sendo o grande mérito dos filmes anteriores, o formalismo rebuscado concebido
por Jackson, acaba não tendo o mesmo destaque. Ainda sim, é uma obra que dentro
do gênero da aventura cinematográfica consegue se colocar acima da média. Por
mais que o roteiro tenha seus excessos melodramáticos e chafurde em alguns
clichês épicos, a narrativa ainda é capaz de gerar tensão e mesmo encantar na
sua overdose de cabeças decepadas, construções ardendo em chamas, explosões e
corpos perfurados, além de alguns personagens apresentarem dimensão dramática e
construção psicológica mais acuradas. Ou seja, uma fantasia épica de um Peter
Jackson em entressafra tem mais estofo e substância que os “Percy Jackson” ou “Jogos
vorazes” da vida...
Boa parte de amigos e conhecidos costuma dizer que as minhas recomendações para filmes funcionam ao contrário: quando eu digo que o filme é bom é porque na realidade ele é uma bomba, e vice-versa. Aí a explicação para o nome do blog... A minha intenção nesse espaço é falar sobre qualquer tipo de filme: bons e ruins, novos ou antigos, blockbusters ou obscuridades. Cotações: 0 a 4 estrelas.
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Um comentário:
Não gostei dessa forma de assistir o filme. Prefiro da forma tradicional.
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