Reparem nas linhas gerais da progressão da trama de “Ouija –
O jogo dos espíritos” (2014): a protagonista Laine (Olivia Cooke) se sente
assombrada pelo fantasma de uma amiga, decide contatá-la através do jogo do título
na casa em que a falecida morava, acaba despertando espíritos malignos que
perseguem a ela e seus amigos, alguns deles são enganados e mortos, a
protagonista descobre que tais espíritos eram de pessoas que moravam na casa da
amiga morta e na conclusão há uma batalha épica para exorcizar todos esses
fantasmas. Ou seja, dá para sacar que é um roteiro bem manjado, o que por si só
não dá para dizer que seria uma garantia de ruindade para essa produção. O
problema maior, entretanto, é que o diretor Stiles White é tão mecânico e sem
inspiração ao acumular clichês temáticos e chavões formais que “Ouija” não vai
além de alguns sustos básicos e mequetrefes. Faltou uma condução de narrativa
mais sanguínea e uma estética mais ousada capazes de extrair alguma efetiva
tensão no meio de tantas obviedades.
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