segunda-feira, setembro 28, 2015

Bistrô Romantique, de Joël Vanhoebrouck **

Hoje em dia dá para dizer que a diferenciação em termos narrativos entre produções norte-americanas e europeia é praticamente nula. Na tentativa de ganhar pontos com as plateias acostumadas com convencionalidades formais e temáticas, boa parte dos filmes provenientes do velho mundo se acomodam a fórmulas bem definidas e previsíveis. Se alguns anos atrás a premissa principal da trama de “Bistrô Romantique” (2012) viesse a nossos olhos, logo se pensaria em uma abordagem densa e profunda: dentro do espaço de um pequeno restaurante na noite do dia dos namorados, o roteiro foca os encontros e desencontros de diversos relacionamentos amorosos, trazendo um viés questionador na forma com que expõe as agruras de casamentos, namoros e afins. No moldes do que se faz hoje em dia no gênero drama, entretanto, a obra do diretor belga Joël Vanhoeubrock se adapta a um forma óbvia e banal. Até dá para sentir uma certa sobriedade nos composições dramáticas de parte do elenco, além da condução da narrativa ser agradável no seu ritmo e algumas situações do roteiro poderem criar alguma empatia ou identificação com parcelas do público. Mas isso é muito pouco para tornar “Bistrô Romantique” algo efetivamente memorável.

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