Bem-vindo, de Lukas Moodysson ***1/2
O cineasta sueco Lukas Moodysson deixa claro na sua filmografia influências consideráveis do cinema nórdico de gente como Ingmar Bergman e Lars Von Trier, através de um estilo mais intimista, temática caindo para o naturalismo e uma abordagem crítica e ácida sobre as mazelas da sociedade contemporânea. Moodysson, entretanto, consegue se destacar e mostrar brilho próprio por trazer sempre em seus filmes uma visão mais irônica e bem humorada, tendência essa que ele até mesmo conseguiu preservar no barra pesada “Lilya Forever”.
Em “Bem-vindo”, produção de 2000, essa visão de Lukas Moodyson acaba oferecendo um resultado bem original para uma trama que teria tudo para cair no lugar comum. Quando Elisabeth (Lisa Lindgren) abandona o marido Rolf (Michael Nyqvist) e parte com seus filhos para morar em uma comunidade alternativa e hiponga onde o seu irmão Göran (Gustav Hammarsten) é uma espécie de líder achamos que vamos ter algo no estilo “burguesa descobre o sentido da vida ao conviver com porras loucas”. E até que o roteiro em alguns momentos envereda por esse caminho. Mas o grande barato realmente está no fato de que é ela e suas crianças que realmente influem em uma mudança no tal grupo e principalmente no seu irmão, que aos poucos vai percebendo a sua passividade perante a sua não muito fiel companheira Lena (Anja Lunkkvist), adepta convicta da filosofia do amor livre.
É na contraposição de conceitos sobre o que é ser liberal e o que é ser conservador que está a força de “Bem-vindo”. Moodyson não se mostra favorável a nenhum dos lados, estando mais disposto a tirar um sarro de tudo e de todos. E essa concepção sacana é que faz do filme um dos mais divertidos a sair do habitualmente sisudo cinema nórdico.
O cineasta sueco Lukas Moodysson deixa claro na sua filmografia influências consideráveis do cinema nórdico de gente como Ingmar Bergman e Lars Von Trier, através de um estilo mais intimista, temática caindo para o naturalismo e uma abordagem crítica e ácida sobre as mazelas da sociedade contemporânea. Moodysson, entretanto, consegue se destacar e mostrar brilho próprio por trazer sempre em seus filmes uma visão mais irônica e bem humorada, tendência essa que ele até mesmo conseguiu preservar no barra pesada “Lilya Forever”.
Em “Bem-vindo”, produção de 2000, essa visão de Lukas Moodyson acaba oferecendo um resultado bem original para uma trama que teria tudo para cair no lugar comum. Quando Elisabeth (Lisa Lindgren) abandona o marido Rolf (Michael Nyqvist) e parte com seus filhos para morar em uma comunidade alternativa e hiponga onde o seu irmão Göran (Gustav Hammarsten) é uma espécie de líder achamos que vamos ter algo no estilo “burguesa descobre o sentido da vida ao conviver com porras loucas”. E até que o roteiro em alguns momentos envereda por esse caminho. Mas o grande barato realmente está no fato de que é ela e suas crianças que realmente influem em uma mudança no tal grupo e principalmente no seu irmão, que aos poucos vai percebendo a sua passividade perante a sua não muito fiel companheira Lena (Anja Lunkkvist), adepta convicta da filosofia do amor livre.
É na contraposição de conceitos sobre o que é ser liberal e o que é ser conservador que está a força de “Bem-vindo”. Moodyson não se mostra favorável a nenhum dos lados, estando mais disposto a tirar um sarro de tudo e de todos. E essa concepção sacana é que faz do filme um dos mais divertidos a sair do habitualmente sisudo cinema nórdico.
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