O Fundo do Mar, de Damián Szifron ***
Essa produção argentina de 2003 tem uma meia hora inicial bastante promissora. O namoro entre Ezequiel (Daniel Hendler) e Anna (Dolores Fonzi) se encontra em crise, pronto para se esfacelar. Vemos a situação pelos olhos de Ezequiel e isso dá uma dimensão fortemente angustiante para o filme. Assim como o personagem, ficamos na dúvida do que realmente está acontecendo, se Anna o está traindo ou não. Pode-se perceber com essa abordagem o sentimento de impotência de Ezequiel diante da situação. A visão oferecida pelo diretor Damián Szifron é bastante crua e humana sobre uma relação amorosa preste a desabar por completo, ao mesmo tempo que o cineasta consegue obter fortes momentos de tensão dramática com a dúvida de Ezequiel sobre a fidelidade de Anna, remetendo até mesmo ao magnífico “Ciúme – O Inferno do Amor Possessivo”, de Claude Chabrol.
O problema de “O Fundo de Mar” é que após esse excelente começo o filme envereda por uma trilha completamente diversa, quando Ezequiel “descobre” que Anna realmente o traiu. Ele passa a perseguir o homem com quem ela estava, o seu psicólogo (Gustavo Garzón), sendo que nesse momento acabamos tendo uma típica comédia de mal entendidos. Não que não haja seqüências divertidas, mas o filme perde muito daquela tensão inicial e mesmo da sua força narrativa. É como se esses dois momentos do filme, o dramático e o cômico, não tivessem uma conexão natural, soando até mesmo um pouco forçado.
Essa produção argentina de 2003 tem uma meia hora inicial bastante promissora. O namoro entre Ezequiel (Daniel Hendler) e Anna (Dolores Fonzi) se encontra em crise, pronto para se esfacelar. Vemos a situação pelos olhos de Ezequiel e isso dá uma dimensão fortemente angustiante para o filme. Assim como o personagem, ficamos na dúvida do que realmente está acontecendo, se Anna o está traindo ou não. Pode-se perceber com essa abordagem o sentimento de impotência de Ezequiel diante da situação. A visão oferecida pelo diretor Damián Szifron é bastante crua e humana sobre uma relação amorosa preste a desabar por completo, ao mesmo tempo que o cineasta consegue obter fortes momentos de tensão dramática com a dúvida de Ezequiel sobre a fidelidade de Anna, remetendo até mesmo ao magnífico “Ciúme – O Inferno do Amor Possessivo”, de Claude Chabrol.
O problema de “O Fundo de Mar” é que após esse excelente começo o filme envereda por uma trilha completamente diversa, quando Ezequiel “descobre” que Anna realmente o traiu. Ele passa a perseguir o homem com quem ela estava, o seu psicólogo (Gustavo Garzón), sendo que nesse momento acabamos tendo uma típica comédia de mal entendidos. Não que não haja seqüências divertidas, mas o filme perde muito daquela tensão inicial e mesmo da sua força narrativa. É como se esses dois momentos do filme, o dramático e o cômico, não tivessem uma conexão natural, soando até mesmo um pouco forçado.
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