Fazia tempo que eu não saía tão irritado de uma sala de cinema quanto na oportunidade em que assisti “Babel”. Não que o filme seja um primor de ruindade. Não é. É apenas medíocre. O que me deixou realmente incomodado com essa produção é o fato dela ser uma baita empulhação. É muita pretensão para muito pouco cinema.
O diretor mexicano Alejandro González Iñarritu já havia se utilizado em obras anteriores (o sensacional “Amores Brutos e o bom “21 Gramas) do recurso de desenvolver tramas paralelas que no desenrolar da narrativa vão se confluindo. Em tais filmes, tal opção foi muito bem trabalhada, com uma edição que conseguia conciliar as tramas sem deixar o roteiro muito confuso e ao mesmo tempo dando uma dinâmica diferenciada à narrativa. Em “Babel”, essa característica do cinema de Inãrritu parece ter se transformado em uma fórmula gasta e sem graça. A forma com que as tramas se interligam é tão óbvia e forçada que chega a parecer primária. Não há o mesmo vigor narrativo das obras anteriores de Iñarritu, sendo que depois de meia hora de filme eu ficava me perguntando quando o mesmo iria realmente começar.
A parte temática de “Babel” é outro dos seus pontos fracos. A impressão que se tem é que parece que se está assistindo à continuação do infame “Crash”. É tudo tão politicamente correto e sem alma que se fica com a impressão que Iñarritu estava mais disposto a dar “lições de vida” ao espectador do que em oferecer um bom filme. “Babel” tem uma pretensão de sutileza ao mostrar as relações humanas, mas o efeito é completamente diverso. Afinal, todo o subtexto do roteiro está tão na cara que não oferece para quem assiste ao filme um espaço para refletir sobre aquilo que está vendo. Tudo já vem tão mastigado que se tem a impressão de Iñarritu não confia muito na inteligência do espectador.
É claro que “Babel” não é um desastre completo. As seqüências da festa de casamento no México têm uma estranha beleza contemplativa. A trama que se desenrola no Japão também tem momentos interessantes e que até justificariam um filme único para a mesma. Mas no geral, é muito pouco para um cineasta como Iñarritu que têm títulos tão expressivos na sua filmografia.
O diretor mexicano Alejandro González Iñarritu já havia se utilizado em obras anteriores (o sensacional “Amores Brutos e o bom “21 Gramas) do recurso de desenvolver tramas paralelas que no desenrolar da narrativa vão se confluindo. Em tais filmes, tal opção foi muito bem trabalhada, com uma edição que conseguia conciliar as tramas sem deixar o roteiro muito confuso e ao mesmo tempo dando uma dinâmica diferenciada à narrativa. Em “Babel”, essa característica do cinema de Inãrritu parece ter se transformado em uma fórmula gasta e sem graça. A forma com que as tramas se interligam é tão óbvia e forçada que chega a parecer primária. Não há o mesmo vigor narrativo das obras anteriores de Iñarritu, sendo que depois de meia hora de filme eu ficava me perguntando quando o mesmo iria realmente começar.
A parte temática de “Babel” é outro dos seus pontos fracos. A impressão que se tem é que parece que se está assistindo à continuação do infame “Crash”. É tudo tão politicamente correto e sem alma que se fica com a impressão que Iñarritu estava mais disposto a dar “lições de vida” ao espectador do que em oferecer um bom filme. “Babel” tem uma pretensão de sutileza ao mostrar as relações humanas, mas o efeito é completamente diverso. Afinal, todo o subtexto do roteiro está tão na cara que não oferece para quem assiste ao filme um espaço para refletir sobre aquilo que está vendo. Tudo já vem tão mastigado que se tem a impressão de Iñarritu não confia muito na inteligência do espectador.
É claro que “Babel” não é um desastre completo. As seqüências da festa de casamento no México têm uma estranha beleza contemplativa. A trama que se desenrola no Japão também tem momentos interessantes e que até justificariam um filme único para a mesma. Mas no geral, é muito pouco para um cineasta como Iñarritu que têm títulos tão expressivos na sua filmografia.
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