“Um Lobisomem na Amazônia” é uma produção que beira o amadorismo: fotografia e edição mal chegam no razoável, os atores estão no cúmulo da canastrice, os diálogos são risíveis e o roteiro é um primor da cretinice. Mas quer saber?? O filme é imensamente divertido. Assim como no documentário “A Marca do Terrir”, o cineasta Ivan Cardoso mostra que a força do seu cinema está muito mais no seu amor pelo exagero e pelo “camp” do que propriamente na técnica. Tal paixão pode ser comprovada na própria reação da platéia durante a exibição de “Um Lobisomem na Amazônia”: dos risos desenfreados até consagradores aplausos para as cenas mais picantes. Aliás, fazia tempo que não passava nas telas um filme brasileiro que trouxesse tanto do espírito debochado das antigas chanchadas da Atlântida. Vale mencionar ainda a ótima sacada de Cardoso de colocar no papel do protagonista Dr. Moreau o veterano de filmes de horror Paul Naschy.
No meio de tantas produções ditas “sérias” e preocupadas em ganhar prêmios em festivais, é extremamente salutar que haja cineastas como Ivan Cardoso mais preocupados com o cinema e a diversão do que com falsos intelectualismos. E faz a gente ficar ainda mais curioso com as reações que “A Encarnação do Demônio”, a mais nova obra de Zé do Caixão, vai despertar no público em geral.
No meio de tantas produções ditas “sérias” e preocupadas em ganhar prêmios em festivais, é extremamente salutar que haja cineastas como Ivan Cardoso mais preocupados com o cinema e a diversão do que com falsos intelectualismos. E faz a gente ficar ainda mais curioso com as reações que “A Encarnação do Demônio”, a mais nova obra de Zé do Caixão, vai despertar no público em geral.
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