Na superfície, “Stavisky” (1974) parece mais “normal” do que boa parte da cinematografia de Resnais. O filme pode até ser realmente mais convencional na comparação com filmes como “Hiroshima Meu Amor” (1959) ou “O Ano Passado em Marienbad” (1961), mas a narrativa cerebral e o distanciamento emocional tão característicos do diretor estão lá presentes. Resnais alterna sobriamente tanto rigor como inventividade formais para focar a derrocada de um picareta e envolvente homem de negócios (Jean Paul Belmondo, em atuação ultra cool). Mesmo não estando entre as obras mais expressivas de Resnais, “Stavisky” é uma obra de peso.
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