“Extermínio” (2002) pode não ter sido a primeira obra dentro desse gênero que combina terror biológico e ficção científica, mas foi a obra que estabeleceu os parâmetros para esse tipo de produção. “Vírus” (2009) não inova muito na linha em questão. Combina, entretanto, com convicção e habilidade todos os clichês necessários para um exemplar convincente. Os irmãos diretores Àlex e David Pastor construíram uma atmosfera desoladora e pessimista para retratar uma sociedade combalida por uma doença altamente contagiosa, mesmo focando poucos personagens. A questão do conflito entre moralidade e instinto de sobrevivência é bem trabalhada e funciona como eficiente mote para a constante tensão do filme. A utilização dos efeitos especiais é econômica, mas quando os mesmos entram em cena tem sempre um forte impacto. Mesmo realizado dentro de um padrão de produção norte-americano, “Vírus” é um “horror movie” apocalíptico que não apresenta muitas concessões, o que é bem louvável nesse panorama atual de assépticos filmes de terror que procuram não ofender estômagos sensíveis.
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