quinta-feira, abril 15, 2010

O Amor Segundo B. Schianberg, de Beto Brant 1/2 (meia estrela)


Não dá para dizer que Beto Brant é um cara que não sabe dirigir um filme. Em “Ação Entre Amigos” (1998) e “O Invasor” (2002), ele demonstrou desenvoltura considerável no domínio da ação cinematográfica, enquanto “Crime Delicado” (2005) e “Cão Sem Dono” (2007) revelavam também o seu talento para encenar dramas mais intimistas. Diante dessa prévia trajetória, não há como não se decepcionar com uma obra tão brochante quando esse “O Amor Segundo B. Schianberg” (2009). A produção mais recente de Brant transparece uma falta do que dizer e, principalmente, um desinteresse pelo ato de fazer um filme. Ao retratar o processo de criação de uma videomaker, talvez a intenção do cineasta tenha sido de fazer algo que remetesse ao formato da arte de sua protagonista. O resultado final, entretanto, é falho e desinteressante. Como narrativa, “O Amor Segundo B. Schianberg” resume-se a uma sucessão de cenas banais e discussões afetadas embalada por uma fotografia qualquer nota.

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