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A força de “Almas à Venda” (2009) está no seu roteiro, bastante influenciado pelas tramas escritas por Charlie Kaufman para obras importantes como “Quero Ser John Malkowich” (1999) e “Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças” (2004). A diretora Sophie Barthes mistura metalinguagem, referências literárias, elementos de cinema fantástico e dramas existenciais. Mesmo não tendo o impacto dos textos de Kaufman, Barthes conseguiu obter um resultado interessante. O filme passa uma sensação constante de incômodo e outros sentimentos difusos, o que está em sintonia com os tormentos psicológicos do protagonista/ator principal (Paul Giamatti interpretando a si mesmo – ou seria interpretando uma ideia externa que se tem dele?). Por mais denso que seja os conflitos expostos em “Almas à Venda”, sempre há espaço para bem vindos toques cômicos, principalmente pelas menções irônicas que se faz à contundência dramática da literatura russa clássica. É claro que há um certo ranço pedante e intelectual permeando todo o filme, mas é mérito de Barthes que no meio disso “Almas à Venda” apresente uma narrativa consideravelmente fluente.
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