O início de “Guerra é Guerra” (2012) é meio desanimador. O diretor McG parece se propor a fazer um pastiche de filmes de espionagem, reciclando vários clichês da franquia 007. O problema não estaria na intenção, mas sim na execução: a dupla de protagonistas (Tom Hardy e Chris Pine) parece mais disposta a fazer biquinho e dizer umas frases de efeito capengas, enquanto as cenas de ação são mal dirigidas (tudo muito rápido, mal se distingue o que está ocorrendo em cena). Com o desenrolar da trama, entretanto, o filme melhora. Sai aquela impressão de filme de espionagem de mentirinha, com o roteiro explorando umas tiradas interessantes da relação de obra de aventura e comédia romântica. Os mencionados personagens principais até ganham um relativo carisma. A própria ação fica melhor encenada – McG se permite até algumas tomadas interessantes de planos-sequência (como aquela em que a dupla de espiões invade ao mesmo tempo e de forma sorrateira o apartamento da mulher que disputam). Já o terço final do filme é aventura frenética incessante, de concepção um tanto derivativa, mas que redime McG da equivocada abertura do filme.
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