segunda-feira, junho 19, 2017

Faces de uma mulher, de Arnaud des Pallières ***

A estrutura narrativa de “Faces de uma mulher” (2016) obedece a formato e execução convencionais, focando na conturbada vida de uma mulher, sempre à beira da marginalidade sócio-econômica, com uma trama que se estrutura a partir de forma episódica e cronologicamente reversa a mostrar fatos importantes da maturidade, juventude e infância da protagonista. O roteiro obedece a uma lógica existencial um tanto moralista, além de ser previsível em alguns de seus desdobramentos. A efetiva força do filme de Arnaud des Pallières, e o que o torna uma experiência memorável, está no vigor de sua encenação e na intensidade dramática das atuações do seu elenco, com destaque em especial para Adèle Exarchopoulos, que entrega uma interpretação de admirável desenvoltura cênica, lembrando bastante o seu desempenho antológico na obra-prima “Azul é a cor mais quente” (2013).

Nenhum comentário: