segunda-feira, junho 26, 2017

Mulher-Maravilha, de Patty Jenkis ***

Para aqueles que se apavoraram com a ruindade de “Superman – O homem de aço” (2013), “Batman vs Superman – A origem da justiça” (2016) e “Esquadrão Suicida” (2016), assistir a “Mulher-Maravilha” (2017) provavelmente poderá render uma agradável surpresa. O filme dirigido por Patty Jenkins se enquadra dentro de um formato de aventura nostálgica classicista e por vezes até resvalando numa certa profundidade dramática convincente, bem distante da pretensão temática pseudo-sombria e do nefasto formalismo “video-game” das produções de super-heróis da DC dirigidas por Zack Snyder e pupilos. O pique de narrativa new age/mística enfadonha dos primeiros quinze minutos da obra correm o risco de aborrecer a plateia, mas quando Steve Trevor (Chris Pine) entra em cena as coisas realmente engrenam, com o filme se tornando um misto de drama de guerra e aventura de super-heróis que prima por algumas memoráveis cenas de ação, pela direção de arte estilizada e pelo carisma cativante do elenco (com exceção da inexpressiva Gal Gadot no papel título). Parte considerável das escolhas artísticas de Jenkins, principalmente em termos de roteiro e atmosfera, fazem lembrar o ótimo “Capitão América – O primeiro vingador” (2011), mas é bem melhor copiar o que deu certo num filme da Marvel do que seguir os mandamentos “originais” do picareta Znyder.

2 comentários:

Anônimo disse...

Olá, boa crítica. Eu assisti e devo dizer que agora é um dos meus filmes preferidos de super herois. Foi uma surpresa pra mim, já que foi uma historia muito criativa que usou elementos innovadores, além tem uma boa história, atuações maravilhosas e um bom roteiro. O elenco do filme Mulher Maravilha foi o melhor! Não tem dúvida de que Gal Gadot foi perfeita para o papel principal. Fez uma grande química com todo o elenco, vai além dos seus limites e se entrego ao personagem. O filme superou as minhas expectativas, realmente o recomendo.

Anônimo disse...

Pode ser tão tecnicamente bem feito e atuado quanto for, mas francamente sua glorificação da guerra estraga tudo. Fazer de vilão um personagem que almejava uma solução negociada para a guerra - da I guerra mundial, um conflito tão sangrento quanto estúpido e desnecessário, que serviu apenas para preparar o terreno para a segunda - é um absurdo completo. Uma vilanização do pacifismo e da diplomacia. E um atentado aos fatos, porque a vitória total dos aliados, os 'bons', em 1918 não impediu a ascensão dos totalitarismos de direita e esquerda e a posterior guerra de 1939. Este é só mais um desses filmes americanos de guerra cuja moral pode ser resumida em "a guerra é uma coisa horrível, e para acabar com ela é preciso que os americanos estejam sempre prontos para matar caras maus mundo afora".