Vamos esclarecer um ponto, de início: se tu, prezado leitor, és um daqueles que avalia um filme por coerência de roteiro, bem, acho melhor tu esqueceres “Deja Vu”. A trama do filme em vários momentos perde o sentido tamanha as incongruências que permeiam a mesma, principalmente no terço final do filme. Entretanto, é aquela coisa: histórias bem amarradas podem ser importantes para a literatura, mas para o cinema não são condições primordiais para termos um bom filme. E esse é justamente o caso de “Deja Vu”, obra cujas imagens em diversos momentos causa ao espectador um tremendo impacto sensorial.
Nessa obra mais recente, o diretor inglês Tony Scott atenua bastante daquela linguagem video clipeira insana de “Domino – A Caçadora de Recompensas” e oferece um estilo mais clássico e contido, o que não quer dizer necessariamente que tenha diminuído a sua criatividade e ousadia. Muito pelo contrário. Logo na abertura de “Deja Vu”, Scott diz a que veio, dando um puta show de cinema: num impressionante trabalho de edição, abdicando quase que totalmente de diálogos, mostra um bando de marinheiros de folga e grupos de crianças acompanhadas de professores que vão chegando em uma balsa que está prestes a explodir. A montagem precisa e os admiráveis movimentos de câmera vão criando um suspense poderoso, aumentando cada vez mais no espectador a sensação de que alguma coisa de muito errada está para acontecer, até chegar a uma das explosões mais gloriosamente violentas apresentadas nos últimos tempos nos cinemas.
Depois de início avassalador, “Deja Vu” desemboca numa estranha mistura de policial, suspense e ficção científica, e com direito até mesmo a um psicopata de plantão. Por mais esburacada que possa ser sua trama, é inegável a habilidade de Tony Scott em unir elementos tão diversos e criar uma obra tão consistente e tensa, aliado a sua notória capacidade para dirigir cenas de ação. Nesse sentido, antológica é a seqüência em que o policial Doug Carlin (Denzel Washington, totalmente à vontade no seu típico papel de herói fodão) se envolve numa perseguição automobilística em que a ação de desenvolve ao mesmo tempo no presente e no futuro!!
É óbvio que “Deja Vu” não recebeu qualquer indicação para Oscar ou alguma premiação de festivais. Afinal, é um filme “comercial” e sem conteúdo edificante... Mas há nele muito mais gosto pelo cinema do que nos “Babéis” da vida. E Tony Scott não precisa dessas frescuras para mostrar a sua importância. Afinal, quantos diretores podem se orgulhar em ter em sua filmografia filmaços como “Fome de Viver”, “O Último Boy Scout”, “Amor à Queima Roupa” e esse “Deja Vu”?
Nessa obra mais recente, o diretor inglês Tony Scott atenua bastante daquela linguagem video clipeira insana de “Domino – A Caçadora de Recompensas” e oferece um estilo mais clássico e contido, o que não quer dizer necessariamente que tenha diminuído a sua criatividade e ousadia. Muito pelo contrário. Logo na abertura de “Deja Vu”, Scott diz a que veio, dando um puta show de cinema: num impressionante trabalho de edição, abdicando quase que totalmente de diálogos, mostra um bando de marinheiros de folga e grupos de crianças acompanhadas de professores que vão chegando em uma balsa que está prestes a explodir. A montagem precisa e os admiráveis movimentos de câmera vão criando um suspense poderoso, aumentando cada vez mais no espectador a sensação de que alguma coisa de muito errada está para acontecer, até chegar a uma das explosões mais gloriosamente violentas apresentadas nos últimos tempos nos cinemas.
Depois de início avassalador, “Deja Vu” desemboca numa estranha mistura de policial, suspense e ficção científica, e com direito até mesmo a um psicopata de plantão. Por mais esburacada que possa ser sua trama, é inegável a habilidade de Tony Scott em unir elementos tão diversos e criar uma obra tão consistente e tensa, aliado a sua notória capacidade para dirigir cenas de ação. Nesse sentido, antológica é a seqüência em que o policial Doug Carlin (Denzel Washington, totalmente à vontade no seu típico papel de herói fodão) se envolve numa perseguição automobilística em que a ação de desenvolve ao mesmo tempo no presente e no futuro!!
É óbvio que “Deja Vu” não recebeu qualquer indicação para Oscar ou alguma premiação de festivais. Afinal, é um filme “comercial” e sem conteúdo edificante... Mas há nele muito mais gosto pelo cinema do que nos “Babéis” da vida. E Tony Scott não precisa dessas frescuras para mostrar a sua importância. Afinal, quantos diretores podem se orgulhar em ter em sua filmografia filmaços como “Fome de Viver”, “O Último Boy Scout”, “Amor à Queima Roupa” e esse “Deja Vu”?
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