Se em “Sargento Getúlio” o diretor Hermano Penna conseguia imprimir um ambiente alucinatório com uma narrativa coesa e bem focada, em “Olho de Boi”, sua obra mais recente, ele parece ter perdido a mão. Apesar da bela fotografia, a sua narrativa é truncada demais, principalmente devido ao texto marcado por diálogos pouco fluentes e uma linha de interpretação excessivamente empostada dos atores, o que faz com que a produção fique marcada por um tom teatral incômodo. Por mais que o roteiro traga interessantes elementos de tragédia grega e até mesmo influências shakesperianas, a realidade é que nem tudo que funciona bem em literatura ou em teatro funciona adequadamente no cinema.
Nenhum comentário:
Postar um comentário