terça-feira, janeiro 11, 2011

Incontrolável, de Tony Scott ***


O cineasta inglês radicado nos Estados Unidos Tony Scott é um dos maiores responsáveis pela consolidação de um estilo de filmar dentro do gênero dos filmes de ação desde a década de 1980 (como não lembrar de “Top Gun”?). Com produções repletas de tiroteios ou perseguições com veículos em alta velocidade (carros, motos, aviões, trens, submarinos e o que mais der na veneta), Scott consolidou uma estética de uma profusão de cortes rápidos e fotografia estourada. Em “Incontrolável” (2010), sua obra mais recente, o cineasta se mostra até mais contido no seu modus operandi frenético de montagem, mas isso afeta pouco na sua habitual narrativa veloz. Por mais que se critique Scott de ser uma espécie de operário padrão de Hollywood, é inegável que o homem é mais que eficiente em angulosos enquadramentos, movimentos precisos de câmera e na combinação impactante de imagem e som. A forma, por exemplo, com que filma em determinados momentos o trem em disparada é impressionante no sentido de que a câmera lenta e o barulho imponente do veículo dão uma impressão de um verdadeiro monstro de ferro com vida própria. O diretor pode não trazer novidades para a linhagem dos “filmes-catástrofes”, mas entrega um produto que honra a tradição.

Nenhum comentário: