Sou do time que nunca achou “Tron – Uma Odisséia Eletrônica” (1982) uma obra-prima ou coisa do gênero. É claro que o filme é referencial no sentido de evidenciar um ponto de evolução nos efeitos especiais da época em que foi lançado, mas por isso mesmo ele ganhou um aspecto muito datado com o passar do tempo. Assim, não achei uma heresia que mais de 25 anos depois houvesse uma continuação para a obra. “Tron – O Legado” (2010) também não chega a ser uma produção clássica, mas mesmo assim tem qualidades que saltam aos olhos. A forma com que cenários naturais e os atores interagem com os cenários e efeitos digitais é bastante orgânica, não fazendo com que o filme pareça um longo vídeo game. Nesse sentido, as sequências de ação surpreendem por uma edição limpa e ágil, que faz com que no meio de cenários virtuais e sombrios não se perca a noção do que acontece em cena. De se destacar ainda os temas instrumentais da trilha sonora composta e tocada pelo duo francês Daft Punk, em perfeita sintonia com o caráter de futurismo retrô do filme.
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