É claro que se pode dizer que a trama e a atmosfera de “Sem Limites” (2011) remetem a elementos já explorados em outras obras de ficção científica, tanto no cinema quanto na literatura, principalmente daqueles derivados da transtornada mente de Philip K. Dick. Mas falta de originalidade não quer dizer exatamente falta de talento, e nesse sentido a produção mais recente de Neil Burger é um espetáculo satisfatório. Há evidentes exageros no roteiro, além de algumas soluções da história serem por demais simplificadas, mas o clima constante de paranóia e as trucagens eficientes (que ilustram as viagens da mente amplificada por drogas do protagonista) tornam “Sem Limites” um exemplar até acima da média dentro do padrão atual do gênero. Surpreende ainda que o filme traga alguns aspectos poucos usuais dentro do padrão hollywoodiano: prevalece uma atmosfera quase perturbadora pela sordidez e amoralidade de determinadas seqüências, além de uma violência crua e explícita em outros momentos. E mesmo com um Bradley Cooper canastrão no papel principal, há a atuação serena e de discretas nuances de Robert De Niro para compensar.
Um comentário:
Foi uma grata surpresa esse Sem Limites. Assim como foi O Ilusionista quando o assisti. Tem se mostrado uma opção cinematográfica interessante o Neil Burger!
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