É claro que “Homem de ferro 3” (2013) está longe da
categoria bomba cinematográfica. Por vezes as trucagens até impressionam, além
do diretor Shane Black (o mesmo do ótimo “Beijos e tiros”) demonstrar em alguns
momentos boa mão para cenas de ação. O fato é que essa nova incursão cinematográfica
pelo universo do herói da Marvel deixa a desejar. O grande mérito dos dois
filmes anteriores dirigidos por Jon Favreau era demonstrar a capacidade de
extrair os melhores elementos da mitologia original do herói nos quadrinhos e
traduzir isso numa obra que fosse universal, capaz de cativar fãs e neófitos. Nessa
terceira parte, dá impressão que diretor, produtores e roteiristas leram
rapidamente alguns gibis do Homem de ferro, o que resultou em uma produção genérica
e sem personalidade. A densidade dramática de Tony Stark (Robert Donwey Jr.) é
nula – o afã de mostrá-lo como um sujeito bem-humorado, sempre com tiradinhas
espertinhas na ponta dos lábios, tira muito de sua grandeza como personagem. Mas
o pior de tudo foi o que fizeram com o Mandarim (Ben Kingsley), simplesmente o
vilão mais importante da galeria de antagonistas do Homem de ferro nas HQs:
nessa versão para a tela grande, o cara é reduzido a uma figura patética e
pouca ameaçadora. Até a habitual cena depois dos créditos finais, típicas das
produções recentes da Marvel, é uma bobagem tão sem graça que chega a
constranger. É provável que o filme vá render um monte de grana nas bilheterias
e motive uma nova sequência, mas se a franquia continuar nesse marasmo criativo
periga fazer com que uma série que começou tão bem enverede para o limbo da
irrelevância.
2 comentários:
Eu achei arriscado as mudanças que eles fizeram, mas ao meu ver eles quiseram sintetizar os problemas atuais do mundo com relação de quem é que temos que ter medo realmente?
A reviravolta sobre Mandarim mais ou menos isso e é o que todos os adoradores de conspiração com relação a morte de Bin Laden pensam o mesmo.
Үes! Finаlly somеthing аbout сurtam.
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