O diretor alemão Tom Tykwer teve um início de carreira tremendamente promissor. “Inverno Quente” (1997) apresentava uma instigante narrativa labiríntica, entrecruzando a vida de alguns personagens de forma engenhosa, enquanto “Corra Lola Corra” (1998) era um verdadeiro show de edição, além de apresentar uma criativa trama que enveredava por três caminhos diferentes para a mesma história. Em “O Perfume – A História de Um Assassino”, obra mais recente de Tykwer, o cineasta parece ter perdido uma parte considerável da sua ousadia em nome de um aparente e confortável “bom gosto”.
Não que o filme seja ruim. “O Perfume” apresenta uma bem cuidada fotografia, além de uma direção de arte acima da média. Mas as coisas não vão muito além disso. O filme é excessivamente bem comportado, sendo que se sente a falta de uma maior personalidade artística de Tykwer. É tudo muito asséptico e afetado: a narração de John Hurt, as atuações dos protagonistas (até mesmo Dustin Hoffman parece estar no piloto automático), a narrativa sem sobressaltos. Por mais “sujo” e erótico que “O Perfume” se mostre em alguns momentos, a verdade é que nunca a obra consegue realmente causar algum impacto para quem assiste. Tanto que a seqüência da suruba ao ar livre quase no final do filme praticamente não tem tensão sexual.
Confesso que não li o livro original de Patrick Suskind no qual “O Perfume” é baseado e não sei se a opção estética de Tykwer vem da própria obra literária mencionada. O que posso dizer é que o resultado final de seu filme não me motivou nem um pouco a ler o livro...
Não que o filme seja ruim. “O Perfume” apresenta uma bem cuidada fotografia, além de uma direção de arte acima da média. Mas as coisas não vão muito além disso. O filme é excessivamente bem comportado, sendo que se sente a falta de uma maior personalidade artística de Tykwer. É tudo muito asséptico e afetado: a narração de John Hurt, as atuações dos protagonistas (até mesmo Dustin Hoffman parece estar no piloto automático), a narrativa sem sobressaltos. Por mais “sujo” e erótico que “O Perfume” se mostre em alguns momentos, a verdade é que nunca a obra consegue realmente causar algum impacto para quem assiste. Tanto que a seqüência da suruba ao ar livre quase no final do filme praticamente não tem tensão sexual.
Confesso que não li o livro original de Patrick Suskind no qual “O Perfume” é baseado e não sei se a opção estética de Tykwer vem da própria obra literária mencionada. O que posso dizer é que o resultado final de seu filme não me motivou nem um pouco a ler o livro...
2 comentários:
Sabe, quando assisti perfume até estava gostando, não era nada excepcional... mas tinha uma fotografia notável, e a história estava tendo alguns momentos bons... dai de repente, não mais que de repente, chega o final e boom, destrói tudo... absurdo um final daqueles... um amigo meu chego a dizer que é um filme que merece duas notas, a primeira pras horas iniciais, a segunda pros 15 minutos finais... qto a obra literária, vale ressaltar que são raros os casos que um filme ultrapassa um livro... sem mais, era isso. ;D
Acho que o final do filme, no papel, devia ser bem mais promissor do que o resultado que saiu nas telas. Acho que a culpa disso não é da trama em si, mas da forma burocrática com o filme foi conduzido.
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