quarta-feira, maio 12, 2010

A Garota Explosiva, de Bradley Rust Gray *1/2; Wendy & Lucy, de Kelly Reichardt *1/2; O Céu, A Terra e A Chuva, de José Luís Torres Leiva **


Pode parecer preguiça da minha parte querer comentar três filmes em apenas uma breve resenha, mas a verdade é que para os mesmos isso já é mais do que suficiente. Assisti a “A Garota Explosiva” (2009), “Wendy & Lucy” (2008) e “O Céu, A Terra e A Chuva”, as duas primeiras produções norte-americanas e a segunda chilena, esse ano em um festival de cinema em Montevidéu e em todas elas percebi tendências estéticas e temáticas bastante semelhantes entre si. As três optam por narrativas minimalistas estéreis e aborrecidas que privilegiam câmeras quase sempre fixas, além de tramas com poucos diálogos e onde praticamente nada acontece. Os diretores de tais filmes parecem mais interessados em mostrar como a vida é miserável do que em realizar alguma grande cena. Não há paixão e nem quaisquer outros sobressaltos nos seus registros visuais. É claro que de vez em quando aparece um ou outro mérito – alguns belos enquadramentos de “O Céu, A Terra e A Chuva” ou as melodias tristes de Will Oldham em “Wendy & Lucy”. Acaba sendo pouco, entretanto, para que esses filmes permaneçam na memória do espectador após o término de suas exibições.

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