Essa produção italiana se utiliza de um recurso narrativo que vem sendo explorado à exaustão nos últimos anos: várias histórias que se entrelaçam a partir de situações e personagens em comum, sem haver um protagonista bem definido. Diretores como Robert Altman e Paul Thomas Anderson já se utilizaram desta fórmula com sucesso, justamente por saberem extrair elementos estéticos diferenciados em seus respectivos filmes. Isso está longe de ser o caso de “Um Dia Perfeito”, obra essa que se aproxima mais de conformismo formal e temático de produções genéricas e sem personalidade como “Crash” (2004) ou “Babel” (2006). Mesmo apresentando alguns momentos mais vigorosos, a obra de Ferzan Ozpetek se dilui em tramas desinteressantes e previsíveis, o que fica agravado ainda mais pelo tom melodramático de algumas seqüências dignas de novelões mexicanos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário