quarta-feira, maio 19, 2010

Moscou, Bélgica, de Christophe Van Rompaey **1/2


Uma mãe de família quarentona está separada do marido professor e boa pinta. Desiludida, acaba se apaixonando por um caminhoneiro grosseirão e mais novo que ela, o que mexe com o tal do esposo presunçoso. Esse resumo de roteiro pode fazer supor que “Moscou, Bélgica” (2008) tenha uma pinta meio de novelinha superficial. Essa produção belga realmente puxa para esse lado várias vezes. Ao mesmo tempo, entretanto, há algumas cruezas na sua rústica estética, meio que puxando para o realismo. Alguns momentos da trama também surpreendem por mostrar situações em que as reações dos personagens fogem do trivial da maioria dos melodramas do gênero. Mesmo que sucumba ao convencionalismo em sua conclusão, “Moscou, Bélgica” não deixa de ser instigante em seus pequenos méritos, com destaque para o carisma e a maturidade das interpretações do casal de protagonistas.

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