A estrutura de “Sanguepazzo” (2008) é a de um melodrama clássico sobre a 2ª Guerra Mundial. O que o diferencia de outras produções do gênero é que enfoca a questão da participação de artistas do cinema italiano durante o conflito, tanto pelo lado colaboracionista quanto daqueles que combateram os nazistas. Por mais que se possa criticar que o filme caia em alguns excessos de convencionalismos formal e temático, é fato também que a produção tem um vigor narrativo acima da média, além de não economizar no sangue e no sexo. Nesse sentido, “Sanguepazzo” chega a lembrar o sensacional “A Espiã” (2006), de Paul Verhoeven, apesar de não ser tão pesado quanto esse último e de também não chegar tão perto do exploitation. A reconstituição histórica é minuciosa e a caracterização de Mônica Bellucci como uma diva do cinema italiano impressiona, remetendo bastante a figura de Sophia Loren.
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