quarta-feira, maio 05, 2010

Sangue de Virgens, de Emílio Vieyra ***


Essa é mais um daqueles antigos filmes de horror vampirescos incapazes de assustar o espectador atual e que se perderam na poeira do tempo. Mesmo assim, assistir essa produção argentina de 1967 pode ser uma experiência insólita e divertida. A caracterização dos vampiros é precária (poucas vezes aqueles caninos típicos pareceram tão toscos), mas o grande barato do filme está nos elementos de exploitation. O diretor Emílio Vieyra mostra um talento natural e fluente para longas seqüências repletas de mulheres nuas e orgias gratuitas (até agora não entendi onde estão as virgens do título). Mesmo a encenação ingênua e as interpretações canastronas do elenco acabam funcionando a favor de “Sangue de Virgens” no sentido de acentuar o seu involuntário tom bagaceiro e cômico. Isso não quer dizer, entretanto, que o filme caia na vala comum do “trash”, até porque Vieyra é um artesão cinematográfico competente em termos formais.

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