Obra de caráter biográfico, que mostra basicamente as
últimas 24 horas de vida do ex-presidiário Oscar Grant (Michael B. Jordan)
antes dele ser assassinado brutalmente por policiais, “Fruitvale Station – A última
parada” (2012) tem uma abordagem narrativa bem coesa e seca, sem recorrer a
excessivas apelações sentimentais. É mérito do diretor Ryan Coogler fazer com
que a trama, da qual a conclusão já se sabe desde o começo, consiga gerar
alguma expectativa e tensão para o espectador, aliado a um estilo de filmar e
editar que mostra um certo rigor formal. É inegável também, entretanto, que
falta para o filme uma centelha criativa capaz de oferecer alguma transcendência
artística. Por vezes, tudo soa muito árido e previsível, sem qualquer cena que
mostre algum arroubo criativo. Para aqueles que se impressionaram com o
excelente “Creed” (2015), obra mais recente de Coogler, é provável que fiquem
decepcionados com esse marasmo de “Fruitvale Station”.
Boa parte de amigos e conhecidos costuma dizer que as minhas recomendações para filmes funcionam ao contrário: quando eu digo que o filme é bom é porque na realidade ele é uma bomba, e vice-versa. Aí a explicação para o nome do blog... A minha intenção nesse espaço é falar sobre qualquer tipo de filme: bons e ruins, novos ou antigos, blockbusters ou obscuridades. Cotações: 0 a 4 estrelas.
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