Apesar de formalmente ser meio comum demais, a produção ítalo-argentina “As Mãos” é um obra que tem os seus momentos de encanto. A história de um padre que tem o poder de cura através da suas mãos e acaba entrando em conflito com a própria Igreja devido ao seu dom tinha tudo para cair no excessivamente melodramático, e algumas poucas seqüências acaba descambando um pouco para isso mesmo. Mas o que predomina durante o filme, entretanto, é uma abordagem mais sutil e equilibrada sobre a questão da fé e as hipocrisias do Vaticano. Além disso, o diretor Alejandro Doria consegue obter alguns ótimos momentos de bom humor e ironia, fazendo com que a narrativa não fique tão pesada pela aridez do tema.
Nenhum comentário:
Postar um comentário