Definitivamente, existem coisas que é melhor que fiquem no passado... Lembro-me nos meus tempos de criança que eu achava um barato assistir todos os dias ao seriado do Batman, aquele que tinha o Adam West no papel-título. Eu conseguia ficar realmente impressionado com os planos diabólicos do Coringa ou do Pingüim, aguardava com ansiedade o capítulo seguinte quando eu finalmente ficaria sabendo se o Batman e o Robin conseguiram escapar da terrível armadilha que algum dos seus inimigos havia preparado. O problema do seriado, entretanto, é que o mesmo não envelheceu muito bem... Hoje, com um olhar mais experiente, já se percebe que o forte daqueles velhos episódios era a tiração de sarro com a própria figura do homem morcego, o que ficava evidente nas tramas esdrúxulas e no figurino psicodélico-brega. Não que eu não tenha bom humor, mas é aquela coisa: tem piada que não tem a mesma graça quando se ouve mais de uma vez... Isso fica mais evidente assistindo a “Batman – O Homem Morcego”, longa-metragem derivado da série que foi lançado nos cinemas em 1966. O filme pode até ser curtível como um exercício de nostalgia, mas fora disso é quase penoso ter de assistir ao mesmo. Produção tosca, direção qualquer nota, atores canastrões ao extremo, aquelas mesmas tiradas cômicas, enfim, uma legítima tranqueira. Não chega aos picos de ruindade de um Ed Wood, mas passa perto. E para quem acha que “Batman Eternamente” e “Batman e Robin”, ambas produções risíveis de Joel Schumacher, são os pontos mais baixos da carreira cinematográfica do velho homem morcego, é necessário assistir a esse “Batman – O Homem Morcego” para rever os seus conceitos.
2 comentários:
André, não dá para desprezar um filme cujo herói carrega consigo um Bat-repelente de tubarões!
Pois é, mas aquele tubarão de borracha é fuleiro demais!!
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