Quando se assiste “Syriana”, tem-se a impressão que se pode ver boa parte dos elementos que configurariam um bom filme. Há uma trama interessante que se desenvolve em várias histórias paralelas envolvendo uma conspiração das indústrias petrolíferas. Alguns personagens impressionam pela consistência e carisma, além do elenco do filme, em sua grande maioria, dar o suporte adequado na caracterização dos mesmos (principalmente na interpretação tensa de George Clooney). Apesar de todas essas boas qualidades, contudo, “Syriana” é uma obra que nunca consegue decolar. Faltou ao diretor Stephen Gaghan pegar todos esses fatores que tinha ao seu favor e dar uma unidade narrativa mais dinâmica e ousada. Ele se conforma com a temática “séria”, como se apenas isso pudesse dar validade ao seu filme. O resultado acaba sendo uma produção que parece estar sempre em ponto morto, chegando a induzir ao sono em algumas seqüências. Gaghan quis fazer uma espécie de novo “Traffic”, filme no qual foi roteirista, mas evidentemente não tem o mesmo traquejo cinematográfico de Steven Soderbergh.
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