Confesso que não entendi até agora todas essas loas que a crítica fez para “A Rainha”. Basicamente, acho que é um filme que carece de paixão e ousadia. Stephen Frears parece permanecer constantemente encima do muro sobre a sua temática potencialmente explosiva (as conseqüências da morte da princesa Diana sobre a família real e o povo britânico). Tal imparcialidade mais parece uma intenção de não querer desagradar opiniões ou criar maiores polêmicas. Frears dá algumas pequenas alfinetadas na Família Real, mas não se aprofunda em coisas que realmente poderiam interessar como o motivo da população venerar uma pessoa tão vazia como Diana (e que resvalaria na questão ao culto de celebridades inúteis), de qual seria o real significado da simbologia da monarquia ou sobre o papel do governo nessa história toda. No geral, Frears se contenta em ficar na superfície, concentrando-se em aspectos menores de uma situação repleta de outras circunstâncias bem mais interessantes.
No mais, mesmo a tão incensada atuação de Helen Mirren no papel-título nem é tudo isso o que se fala (até fiquei com saudades dela em “Calígula”...). Para falar a verdade, gostei bem mais da atuação de James Cromwell como o apatetado e arrogante Príncipe Phillip. De se destacar ainda alguns belos momentos da fotografia, principalmente nas seqüências no interior britânico. Mas a verdade é que isso tudo é muito pouco para um diretor como Frears, cineasta que já fez obras magníficas como “Os Imorais”, “A Grande Família” e “Sammy e Rose”. Depois do insípido “Sra. Henderson Apresenta” e desse apagado “A Rainha”, dá até para começar a temer pelo potencial criativo de Frears...
No mais, mesmo a tão incensada atuação de Helen Mirren no papel-título nem é tudo isso o que se fala (até fiquei com saudades dela em “Calígula”...). Para falar a verdade, gostei bem mais da atuação de James Cromwell como o apatetado e arrogante Príncipe Phillip. De se destacar ainda alguns belos momentos da fotografia, principalmente nas seqüências no interior britânico. Mas a verdade é que isso tudo é muito pouco para um diretor como Frears, cineasta que já fez obras magníficas como “Os Imorais”, “A Grande Família” e “Sammy e Rose”. Depois do insípido “Sra. Henderson Apresenta” e desse apagado “A Rainha”, dá até para começar a temer pelo potencial criativo de Frears...
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