Baseado na graphic novel de mesmo nome (e que também havia sido escrita e ilustrada pelo próprio diretor John Bergin), “From Inside” (2008) justamente dá a impressão de se estar vendo um grande álbum de quadrinhos em movimento. O traço de Bergin absorve técnicas de pintura, com o filme apresentando um belo visual sombrio que dá o tom adequado para o tom pós-apocalíptico e pessimista da trama. As imagens impactantes de algumas seqüências aliadas à trilha sonora opressiva impressionam pelo efeito sensorial que causam. O que funciona como um fator diferencial positivo para a animação, entretanto, acaba apresentando também os pontos fracos de “From Inside”. A fluência da animação é truncada, quase estática, como se uma câmera simplesmente registrasse as páginas de um gibi, o que, por vezes, deixa o filme enfadonho, ainda mais com a presença constante de uma narradora onipresente com a sua voz monótona e texto repetitivo no seu pendor para a desesperança.
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