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Adaptação cinematográfica de uma das obras literárias mais estimadas de Jorge Amado, “Quincas Berro D’Água” (2010) cai em algumas facilidades narrativas, principalmente pelo fato de buscar uma linguagem acessível para o grande público. Apesar disso, o filme preserva um certo frescor e inquietação criativa ao mostrar uma visão bem humorada e ácida sobre as convenções pequeno-burguesas. A direção de arte se mostra em sintonia com as intenções do diretor Sérgio Machado, principalmente na caracterização visual de personagens e ambientes. O bando de amigos bêbados e marginalizados do personagem título também é um pequeno achado: sujos, maliciosos e irreverentes, dão uma forte dimensão humana para a produção, principalmente pela crueza de seus modos e sentimentos. Machado obtém também uma interessante síntese entre realismo e misticismo na trama, com esses dois pólos se mostrando coesos quase que de forma intrínseca.
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