Este produção de 2009 não representa alguma ruptura ou novidade na cinematografia de Terry Gillian. Ela até ganhou uma projeção maior devido ao fato de ser o último trabalho (incompleto) do ator Heath Ledger (em interpretação, por sinal, notável pela ambiguidade de sua composição dramática). A solução encontrada por Gillian para preencher as cenas com o personagem de Ledger que não puderam ser concluídas pelo mesmo soa um pouco forçada: usar outros três atores para atuar no mesmo papel, com o pretexto de que em tais momentos a trama estaria se desenrolando em universos paralelos e mágicos. No final das contas, o truque pode ser barato, mas tem um certo encanto pelo aspecto típico de solução improvisada de filmes B.
Reduzir a importância de “O Mundo Imaginário de Dr. Parnassus” a eventos como os acima descritos, entretanto, é um equívoco. Mesmo não estando no topo das produções mais significativas dirigidas por Gillian, a obra mostra o domínio excepcional do cineasta em lidar com o cinema de fantasia. A forma com que a realidade e os mundos mágicos frequentados por Parnassus e seus discípulos é fascinante pela forma estranhamente coesa com que interagem. Além disso, direção de arte e trucagens oferecem em algumas seqüências um visual deslumbrante, misturando com criatividade cenários digitais e efeitos tradicionais. Gillian também não se esqueceu daquele seu velho toque de perversidade e ironia na caracterização de situações e personagens, tão caro ao diretor desde os seus tempos de integrante de Monty Python.
Reduzir a importância de “O Mundo Imaginário de Dr. Parnassus” a eventos como os acima descritos, entretanto, é um equívoco. Mesmo não estando no topo das produções mais significativas dirigidas por Gillian, a obra mostra o domínio excepcional do cineasta em lidar com o cinema de fantasia. A forma com que a realidade e os mundos mágicos frequentados por Parnassus e seus discípulos é fascinante pela forma estranhamente coesa com que interagem. Além disso, direção de arte e trucagens oferecem em algumas seqüências um visual deslumbrante, misturando com criatividade cenários digitais e efeitos tradicionais. Gillian também não se esqueceu daquele seu velho toque de perversidade e ironia na caracterização de situações e personagens, tão caro ao diretor desde os seus tempos de integrante de Monty Python.
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