A esta altura do campeonato, nem vale muito a pena enumerar as inúmeras tosquices que saltam aos olhos em “Amor Por Acaso” (2010) tamanha a quantidade de resenhas existentes que espezinharam a produção em questão. O que posso dizer de diferente é que tal filme me fez rever conceitos. Sabem aquelas comediazinhas insossas com a Katherine Heigl?? Pois é, elas me parecem agora até mais palatáveis depois de ver essa tranqueira dirigida por Márcio Garcia, que demonstra uma ostensiva falta de feeling para o gênero comédia-romântica. Na verdade, “Amor Por Acaso” chega a ser engraçado pelas vias tortas. O que é aquela expressão “que diabos estou fazendo aqui” de atores já calejados como John Savage e Eric Roberts? E será que não existiria uma forma minimamente mais sutil do diretor fazer o marketing da marca de shampoo patrocinadora do filme? Se “Amor Por Acaso” pode ser uma experiência audiovisual deprimente em termos artísticos, por outro lado, entretanto, não deixa ser ilustrativa dos mecanismos que podem levar uma película a ser um fracasso retumbante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário