segunda-feira, dezembro 27, 2010

A Sétima Alma, de Wes Craven *1/2


Wes Craven é aquele tipo de diretor que por mais que ele faça as suas bobagens sempre merecerá atenção. Afinal, é o cara que renovou, para o bem ou para o mal, o cenário do cinema de horror em pelo menos três momentos de sua carreira: “Feliz Aniversário Macabro” (1972), “A Hora do Pesadelo” (1984) e “Pânico” (1996). Assim, não há como não se decepcionar com “A Sétima Alma” (2010), sua produção mais recente. Não dá para dizer que é no mínimo uma obra polêmica, pois na realidade é apenas um requentado sem inspiração de ideias que já haviam sido melhores exploradas em outros filmes de Craven (principalmente em “A Hora do Pesadelo” e “Pânico”). Não há sequer uma nuance no roteiro que não resvale no formulaico mecânico, mas o pior mesmo é ver a incapacidade do diretor em criar alguma tensão para o espectador, mesmo trabalhando naquele já manjado truque de manter uma narrativa oscilando entre o real e o onírico (que falta faz um Freddy Krueger aqui...). Craven recorre também a uma modernosa edição estilo picotada, como se quisesse provar que está por dentro das atuais tendências do terror, mas o resultado é patético para quem costumava ditar as regras do gênero.

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