O karma de toda refilmagem é que por melhor que seja sempre acabará sofrendo a comparação com o original. Com esta nova versão de “A Hora do Espanto” (2011) não é diferente. Até porque dentro da média dos filmes de horror contemporâneos de grande orçamento ele acaba ganhando um certo destaque – tem alguns atores de carisma, boa caracterização visual e efeitos especiais interessantes. O problema é que a produção de 1985 dirigida por Tom Holland é bem mais cativante. Na relação estrita que se pode fazer entre as duas obras, a conclusão a que se chega é que a mais antiga acaba até parecendo um filme europeu perante a mais recente – personagens melhores desenvolvidos, roteiro que sabe valorizar o suspense, equação entre horror e comicidade melhor resolvida. Nesta mais recente concebida pelo cineasta Craig Gillespie, as noções de sutileza e tensão são jogadas no espaço em troca de uma narrativa que parte logo para a porradaria. É claro que tem os seus momentos divertidos, mas a sensação de produto descartável permeia a mente do espectador ao final do filme.
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