Apesar do seu desastroso resultado final, é inegável que se possa pensar que “2 Coelhos” (2011) tenha um certo aspecto admirável de representar uma tentativa de fazer no cinema brasileiro algo de diferente dentro do já tradicional panorama quase exclusivo de dramas e comédias. Dentro dessa lógica, “Simples Mortais” (2011) representaria, no seu gênero drama intimista com algumas tintas sociais, um “mais do mesmo”. Ainda assim, a produção dirigida por Mauro Giuntini é muito mais “assistível” que as inovações desengonçadas de “2 Coelhos”. Não há maiores surpresas formais na narrativa que retrata o cotidiano de frustrações de alguns personagens. Guintini, entretanto, consegue estabelecer alguma empatia entre suas criaturas e o público, principalmente pela sóbria direção de atores que faz com que alguns atores do elenco tenham caracterizações cativantes. Ou seja, “Simples Mortais” está longe de ser antológico, mas também não se caracteriza como uma perda de tempo.
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