terça-feira, dezembro 04, 2012

Dredd, de Pete Travis **1/2


É impossível escrever sobre “Dredd” (2012) sem cair naquela velha discussão já aludida neste mesmo blog sobre adaptações cinematográficas de obras originárias dos quadrinhos. Como em outras oportunidades, reitero a minha opinião sobre o assunto: não é necessário que um filme resgate todos os mínimos detalhes das histórias que serviram como base para o seu roteiro. O importante é que se preserve a essencialidade dos personagens e das situações, para que o filme agrade não somente aos fãs dos “comics”, mas também aos apreciadores de cinema em geral. Dito isso, vale mencionar que um dos fatores diferenciais para que as histórias de Juiz Dredd se tornassem tão marcantes nos quadrinhos é que no meio de tramas situadas num futuro pós-apocalíptico e distópico e permeadas de violência, escatologia e pessimismo havia margem para uma sutil e ácida ironia. Pois é justamente essa falta de bom humor negro que torna “Dredd” uma obra frustrante, fazendo com que tanto o personagem-título como o roteiro acabem soando genéricos, igual a tantas ficções científicas futuristas que geralmente aparecem na telas. O diretor Pete Travis até eventualmente encontra algumas soluções visuais que fogem um pouco do lugar comum, mas nada que tire muito o filme de sua acomodação criativa.

Um comentário:

Marcelo Castro Moraes disse...

Discordo meu amigo, pois eu achei Dredd uma obra bem corajosa. Mas é uma pena que tenha fracassado.