A exemplo de “Piaf – Um hino ao amor” (2007) e “Gainsbourg –
O homem que amava as mulheres” (2010), “My Way – O mito além da música” (2012) é
mais uma cinebiografia de um ídolo musical francês. E assim como nos filmes
mencionados, a opção estética vem por uma estilização tanto na parte formal
quanto na temática. Assim, o que interessa para o diretor Florent Emilio Siri não
é uma visão de realismo minucioso ao retratar a vida do cantor e compositor francês
Claude François. A trama se centraliza num enfoque exagerado e melodramático
dos principais fatos da trajetória de François, com tal abordagem se vinculando
ao próprio caráter de romantismo exagerado e/ou alegria kitsch das suas mais
expressivas canções, sugerindo a clássica máxima que a vida e a arte se
misturam de forma indistinta. Dentro dessa concepção mitificadora, a
interpretação de Jérémie Renier no papel principal cai como uma luva, num
trabalho de composição dramática em que afetação e grotesco se insinuam com
naturalidade até perturbadora.
Boa parte de amigos e conhecidos costuma dizer que as minhas recomendações para filmes funcionam ao contrário: quando eu digo que o filme é bom é porque na realidade ele é uma bomba, e vice-versa. Aí a explicação para o nome do blog... A minha intenção nesse espaço é falar sobre qualquer tipo de filme: bons e ruins, novos ou antigos, blockbusters ou obscuridades. Cotações: 0 a 4 estrelas.
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