O que motiva um profissional da área de distribuição de
filmes no Brasil achar que uma produção como “O imigrante russo” (2012) valha a
pena ser lançado nas salas nacionais? É de se questionar isso ao se assistir à
obra em questão e constatar uma ruindade cinematográfica monumental. Tudo depõe
contra o filme: roteiro mal ajambrado que mistura de maneira grosseira uma love
story chumbrega com trama policial genérica e estúpida, personagens
incrivelmente burros, direção que beira o amador, ausência de cenas que se
destaquem por algum truque estético criativo, elenco de interpretações
inexpressivas, falta de alguma efetiva tensão dramática, trilha sonora melosa e
inconveniente. Por vezes, cai até naquela infalível equação: de tão ruim, chega
a ser engraçado. No mais, ainda que a concorrência seja forte, temos aí um
forte concorrente a pior filme lançado nos cinemas de Porto Alegre em 2015.
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